Se for confirmado, será uma gigantesca revolução na Física.
Cientistas da Organização Europeia para a Investigação Nuclear (Cern),
com sede em Genebra, na Suíça, anunciaram hoje que registraram
partículas subatômicas com velocidade superior à da luz. Estabelecido
por
Albert Einstein, um dos pilares da ciência atual é de que a
velocidade da luz –
299.792 quilômetros por segundo – é a máxima possível no nosso
Universo. Neutrinos – uma das partículas mais estranhas da Física –
observados em um acelerador de partículas do Cern teriam, porém,
superado essa barreira.
Desconcertados, os cientistas europeus estão pedindo a colegas de
outras regiões do mundo, especialmente EUA e Japão, que tentem confirmar
a descoberta de forma independente ou encontrem outras possíveis
explicações para o fenômeno.
- Se confirmado, seria uma descoberta sensacional e, por isso, é preciso
tratar do assunto com extremo cuidado – disse o físico teórico John
Ellis, do Cern.
Conforme o centro de pesquisas, um feixe de
neutrinos disparado perto de Genebra em direção à Itália, em um ponto a 730 quilômetros de distância, viajou
60 nanossegundos mais rápido do que a velocidade da luz. A margem de erro é de 10 nanossegundos. Um
nanossegundo equivale a 1 segundo dividido por 1 bilhão.
Professor do Instituto de Física da UFRGS, Michel Betz considera que
os físicos terão muito trabalho no caso de tal experiência ser validada.
Isso porque não é da noite para o dia que se reformula o alicerce de
uma ciência – a física contemporânea assenta-se sobre duas colunas: a
Teoria da Relatividade e a física quântica. Mesmo a questão da viagem no
tempo, abordada por Einstein, pode ser reinterpretada. Tudo, claro, no
campo da teoria.
- Dentro do pensamento usual da relatividade, seria muito
problemático porque implicaria a possibilidade de influir no passado,
sobre eventos que já aconteceram. Entrariam em contradição problemas
conceituais fortes. Tudo teria de ser repensado – diz Betz.
Fontes: http://wp.clicrbs.com.br/mundozh/?topo=13,1,1,,,13
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